Na última quarta-feira, 05, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Eletricidade no Estado do Tocantins – Steet reuniu com representantes da Energisa Tocantins Distribuidora de Energia S/A e Energisa S/A, para discutir a pauta de reivindicações para renovação das cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT 2020/2022, cuja vigência se expirou em 30/04/2021.
Para surpresa do sindicato, a ETO não fez nenhuma contraproposta para a pauta de reajustes pretendida pelos trabalhadores, alegando a necessidade de aguardar a divulgação pelo governo do índice inflacionário do período, que será utilizado como parâmetro para a negociação. Porém, muito pior que isso, foi a pretensão, apresentada pela empresa, em alterar as regras atuais do plano de saúde.
Ao que parece, a empresa quer aproveitar o clima positivo em que os trabalhadores comemoram o ótimo resultado da PLR, para atacar uma conquista que pode ser considerada como maior patrimônio do acordo coletivo dos trabalhadores e trabalhadoras da ETO, que é o Plano de Saúde.
Em plena pandemia pela Covid 19, onde todos estão sujeitos a contrair esse vírus altamente contagioso e letal, a empresa pretende alterar as regras do plano de saúde que estão vigentes desde 2005, conquistado com muita luta.
A proposta da empresa tem por objetivo inviabilizar a manutenção do plano de saúde dos dependentes das trabalhadoras e trabalhadores. Atualmente o nosso plano de saúde é disponibilizado para os trabalhadores e seus dependentes legais, com uma participação mensal, escalonada, de acordo com a faixa salarial, cobrada de cada trabalhador titular e dependente.
De acordo com a proposta apresentada pela Energisa, o titular teria o custo total coberto pela empresa, porém, para os dependentes, a Energisa arcará apenas com 40% do custo do plano, o restante seria de responsabilidade do trabalhador.
E não para por aí a maldade apresentada, a partir da alteração da regra, para cada consulta, exame ou procedimento de até R$ 250,00 reais, o trabalhador e seus dependentes teriam de arcar com uma coparticipação de 20% do custo desses procedimentos.
Ainda tem mais, atualmente, ao se desligar da empresa, o trabalhador tem a oportunidade de manter o plano de saúde, mesmo que à suas custas, por um período de 6 meses a 2 anos, a partir da proposta apresentada, não haverá mais essa possibilidade.
Como já dito, em plena pandemia, a empresa aproveita o momento de comemoração do resultado da melhor PLR de todos os tempos, e ainda da excelente posição nacional dada à empresa pelos seus trabalhadores na pesquisa de clima, para tentar emplacar o que seria o maior retrocesso de todos os tempos em relação às conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras da ETO. É O FAMOSO DÁ COM UMA MÃO E RETIRA COM A OUTRA.
Portanto companheiros, são essas as notícias acerca da reunião mantida entre a direção do sindicato e representantes da empresa na primeira rodada de negociação para renovação das cláusulas econômicas do ACT.
Vejam que teremos muito trabalho, e há necessidade da compreensão e disposição de todos para juntos lutarmos e mantermos as nossas conquistas. Não podemos de forma alguma aceitar esse retrocesso, considerando os resultados altamente positivos alcançados pela ETO, e ainda, o discurso tão utilizado de que a valorização das pessoas é praticado incondicionalmente por esse grupo Energisa.
A direção do STEET jamais imaginou que fosse ouvir da empresa em meio a comemoração da PLR, tamanha afronta às conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras.
UNIDOS PARA AVANÇAR!